Aluna da 6ª série leu 230 livros neste ano

Professores da escola no interior de SP fazem a contagem. Outra garota em Aracaju devorou 67 obras aos 6 anos.

A estudante Tainá Alves dos Santos, 12 anos, da 6ª série, já leu 230 livros só neste ano. A marca foi registrada em sua escola, na cidade de Catanduva, interior de São Paulo. E outra garota de Aracaju, Alice Vitória Rocha Silva, segue seus passos: aos 6 anos a pequena leitora devorou 67 obras contabilizadas pelos pais.
“Gosto de aventura, poesia, romance, suspense”, conta Tainá. Mas depois de duas centenas de livros ainda dá para lembrar de alguma história? Ela garante que sim: “Sempre fica na memória”, diz.
A adolescente estuda na escola estadual Jardim Imperial e a diretora da instituição, Veranice Aparecida More Zuri afirma que o colégio sempre teve a preocupação de estimular a leitura. Recentemente, adotou um projeto chamado de Centopéia, para estimular os estudantes a se tornarem leitores.
O funcionamento é bem simples: “A cada leitura, os estudantes fazem uma resenha e entregam para o professor. Na aula de educação artística, eles ganharam uma cartolina com a cabeça de uma centopéia. Depois de uma obra lida, o jovem acrescenta uma bolinha no corpo da centopéia”, explica.
A iniciativa parece ter dado resultado – tanto é que o corpo da centopéia de Tainá já dá várias voltas na cartolina. “Se estivesse esticada ela estaria enorme”, diz a menina, que se tornou celebridade no colégio. “Ela, de repente virou importante”, diz a diretora.
Ler tanto assim ajuda na escola? “Para a redação eu tenho muito mais idéia”, afirma a estudante. Até mesmo entre os colegas, diz a diretora, há uma competição saudável para ver o corpo da centopéia crescer.
O livro que mais gosta é o “Mano descobre o amor”, uma historinha sobre dois amigos que conversam pela internet. “A história fala de um amigo que ajuda o outro a sair das drogas”, aponta Tainá. “Ler é muito interessante, porque não parece que a gente está lendo, parece que está vivendo.”
Conheça a lista dos dez livros recomendados pela jovem:
– “Mano descobre o amor” – Heloisa Prieto e Gilberto Dimenstein
– “Pluft, o fantasminha” – Maria Clara Machado
– “O gato da xícara de chá” – Anna Flora
– “Marília Bela” – Ruth Rocha
– “História meio ao contrário” – Ana Maria Machado
– “Pedrinho e o Saci” – Monteiro Lobato
– “Histórias maravilhosas de Andersen” – Hans Christian Andersen (tradução Heloisa Jahn)
– “O menino que aprendeu a ver” – Ruth Rocha
– “A semente da verdade” – Patrícia Engel Secco
– “A formiguinha e a neve” – João de Barro

67 livros aos 6 anos

Estimulada pelos pais, Alice Vitória lê tudo o que chega às suas mãos. No 2º ano do ensino fundamental (antiga 1ª série) de um colégio particular no Sergipe, a menina virou referência para os colegas, segundo conta a sua mãe, a professora Isabel Rocha Souza.
“Desde o momento que nasceu, conto historinhas. E o primeiro brinquedo dela foi um livro, daqueles de plástico”, diz Isabel. “Na escola, ela é atração. A turminha não sabia ler com a desenvoltura que ela lê. Então, os amigos gostavam de observá-la”, conta. “Ela reconhece parágrafo e todas as estruturas.”
Além de leitora voraz, Alice Vitória, afirma a mãe, já arrisca os primeiros passos na literatura. “Um dia ela disse: ‘Mainha, quero escrever histórias como a Ruth Rocha’. Aí eu respondi que ela tinha de escrever. Depois ela voltou com uma historinha com começo, meio e fim”, diz.
Entre os trabalhos de Alice, estão histórias como “As aventuras da Mônica”, inspiradas na personagem de Maurício de Sousa; “O monstro invisível”, sobre o medo do escuro; “O monstro de chocolate”, sobre um homem que roubava crianças com doces; e “A bruxinha boazinha”, sobre uma bruxa criada por fadas, que ajuda crianças. Todos os contos, diz Isabel, são da jovem leitora.
Veja os livros preferidos de Alice Vitória:
– “O reizinho mandão” – Ruth Rocha
– “O menino que quase morreu afogado no lixo” – Ruth Rocha
– “O piquenique do Catapimba” – Ruth Rocha
– “Gente bem diferente” – Ana Maria Machado
– “Meu reino por um cavalo” – Ana Maria Machado
– “Azul e lindo planeta Terra, nossa casa” – Ruth Rocha
– “Cinderela” – irmãos Grimm
– “Alice no país das maravilhas” – Lewis Carroll
– “Mmmmmonstros!” – Ricardo Silvestrin
– “É proibido miar” – Pedro Bandeira
Autora: Simone Harnik

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Associação Brasileira de Difusão do Livro, fundada em 27 de outubro de 1987 é uma entidade sem fins lucrativos, que congrega o setor chamado porta a porta, ou venda direta (fora internet).

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