Ministra expõe à cadeia produtiva e criativa do livro políticas para o setor

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, reuniu-se no dia 8 de abril na Fundação Biblioteca Nacional (FBN), no Rio de Janeiro, com representantes da cadeia produtiva e criativa do livro. O encontro, que contou com a presença de escritores, editores, livreiros, distribuidores, mediadores de leituras, ONGs e autoridades, teve como objetivo abrir o diálogo e apresentar demandas e informações da área.

Ana de Hollanda afirmou, durante o encontro, que pretende ampliar o diálogo com os que produzem e comercializam livros no país e que tem trabalhado junto ao Ministério da Educação e outras áreas do governo da presidenta Dilma, para ampliar o acesso dos brasileiros à leitura: “É hora de acelerar ações para aproximar livros e pessoas. Para criar leitores”, afirmou.

De acordo com a ministra é necessário apoiar a expansão dos pontos de venda e “colocar recursos nas mãos dos consumidores”. “O Vale-Cultura vai representar um investimento muito maior do que o da Lei Rouanet”, disse, lembrando que no início do ano pediu ao Congresso Nacional que priorizasse a aprovação do projeto que está em tramitação na casa legislativa.

PNLL

O presidente da FBN, Galeno Amorim, listou avanços conquistados, nos últimos anos, e apontou desafios: “Na última década, tivemos projetos e políticas para o livro, como a Lei do Livro, a criação do Prêmio Viva Leitura, a desoneração fiscal e a criação do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). Mas além de dar continuidade aos projetos existentes, temos a responsabilidade de promover avanços”, disse. Segundo ele, é fundamental ampliar a participação do setor na condução das políticas do Ministério da Cultura.

Nilton Bobato, membro do Conselho Nacional de Política Culturaln (CNPC), apontou os desafios enfrentados atualmente pelo setor, como a entrada de autores estrangeiros no Brasil: “É preciso criar mecanismos para garantir a presença de autores brasileiros”, disse.

Apoio à reforma da LDA

Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro , e Sônia Jardim, presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros, apresentaram apoio à decisão da ministra em rever o texto que reforma a Lei de Direitos Autorais (LDA), entregue à Casa Civil no ano passado. “O mercado editorial vê com bons olhos a decisão. Acreditamos que estamos no caminho certo”, disse Karine.

Joaquim Botelho, presidente da União Brasileira de Escritores, também elogiou a iniciativa do MinC, afirmando que “uma questão fundamental e ainda não resolvida para os autores é a Lei de Direitos Autorais”.

Representando a Academia Brasileira de Letras, o acadêmico Domício Proença disse que a ABL, na defesa do escritor, apresentará ao Ministério da Cultura uma nova contribuição ao debate autoral. Jorge Yunes, presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares, disse que a instituição se coloca à disposição do MinC para reabrir o debate.

Haroldo Ceravalo, da Liga Brasileira de Autores (Libre), apresentou à ministra uma série de propostas, entre elas a defesa da regulação do mercado livreiro e a criação da Câmara do Livro Digital.

Affonso Romano de Sant’Anna, primeiro presidente da Fundação Biblioteca Nacional, foi um dos convidados a compor a mesa de debates. Ele lembrou que figuras como mediadores de leitura são recentes e que a FBN atua no país como um agente de orientação da leitura para espaços além das escolas.

Fonte: Jean Souza, Ascom/FBN
Foto: Claudio de Carvalho Xavier/FBN

ABDL

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Associação Brasileira de Difusão do Livro, fundada em 27 de outubro de 1987 é uma entidade sem fins lucrativos, que congrega o setor chamado porta a porta, ou venda direta (fora internet).

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